
Com mais de 24 milhões de habitantes, Xangai (ou Shanghai) é um destino que vem atraindo a atenção dos viajantes brasileiros. A maior cidade da China e também o seu centro comercial de maior destaque possui infraestrutura moderna, atrações turísticas de qualidade, bons preços e fama de ser uma metrópole cosmopolita e fácil de ser explorada — mesmo com as enormes diferenças culturais de um país localizado do outro lado do mundo.
A saída do Aeroporto Internacional de Xangai Pudong (PVG) é uma atração à parte. Embarque no moderníssimo Maglev, o trem comercial mais rápido do mundo, em uma viagem que pode chegar até os 431 km/h. A essa velocidade, o trajeto de 30 km até o centro da cidade dura pouco mais de 7 minutos.
O visitante que vai a Xangai esperando encontrar uma “China tradicional” pode tomar um choque de realidade logo na chegada. Xangai parece muito mais com Nova York, Londres ou qualquer outra cidade global do que, de fato, com o imaginário popular que temos sobre a China. Nada de bicicletas velhas, cortiços ou campos de arroz: Xangai é feita de edifícios modernos, ruas largas e shoppings luxuosos, dignos da maior e mais rica cidade chinesa.
De dia um imponente caminho à beira-rio, à noite um show futurístico de luzes e cores. O The Bund (外滩) não só é a principal atração de Xangai, mas também um dos maiores símbolos do crescimento econômico da China. De lá é possível admirar toda a grandeza dos arranha-céus do outro lado do rio, como o Oriental Pearl Tower, Shanghai World Financial Center e a Shanghai Tower — todos dotados com observatórios nos andares mais altos, para aqueles em busca de uma vista panorâmica e privilegiada.
A Rua Nanjing (南京路) é a Times Square de Xangai. Não se deixe enganar pela aparente calmaria das primeiras horas do dia: o principal calçadão de Xangai fica lotado ao entardecer, com lojas de grife, eletrônicos, hotéis, restaurantes e até uma gigantesca Apple Store, tudo devidamente iluminado com letreiros chamativos de neon. São ao todo 5,5 km de extensão, ligando o The Bund ao Templo Jing’an, embora a parte restrita a pedestres tenha pouco mais de um quilômetro e seja perfeita para uma caminhada sem compromisso. Melhor levar a carteira, você não vai voltar para o hotel de mãos vazias.
A Cidade Velha de Xangai (上海老城厢) é o que sobrou dos tempos antigos, onde templos, becos e casebres dividiam espaço com postes de bambu e muros erguidos para proteger contra a invasão de piratas japoneses. Deixe-se perder pelo ambiente caótico, com inúmeras lojinhas de souvenir vendendo imãs de geladeira, brinquedos, penduricalhos de Mao e todo tipo de lembrancinha Made in China. Quem chega cedo ainda tem a oportunidade de presenciar uma das cenas mais tradicionais das manhãs chinesas: dezenas de vovós e vovôs praticando os movimentos do Tai Chi Chuan.



